O que é Adenocarcinoma de bexiga?
O adenocarcinoma de bexiga é um tipo raro de câncer que se origina nas células glandulares presentes na parede da bexiga. Essas células são responsáveis pela produção de muco, que ajuda a proteger e lubrificar a bexiga. Quando ocorre uma mutação nessas células, elas podem se multiplicar de forma descontrolada, formando um tumor maligno.
Causas e fatores de risco
As causas exatas do adenocarcinoma de bexiga ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento desse tipo de câncer. Entre eles estão:
– Exposição a substâncias químicas tóxicas, como o benzeno, presente em alguns produtos químicos industriais;
– Tabagismo, que é um fator de risco para diversos tipos de câncer, incluindo o adenocarcinoma de bexiga;
– Infecções crônicas do trato urinário, como infecções por parasitas do gênero Schistosoma;
– Idade avançada, uma vez que o risco de desenvolver câncer aumenta com o envelhecimento;
– Histórico familiar de câncer de bexiga ou de outros tipos de câncer;
– Exposição a radiação, seja por tratamentos anteriores de câncer ou por exposição ocupacional;
– Uso prolongado de cateteres urinários, que podem causar irritação crônica na bexiga.
Sintomas
Os sintomas do adenocarcinoma de bexiga podem variar de acordo com o estágio da doença. Nos estágios iniciais, é comum que o câncer seja assintomático, o que dificulta o diagnóstico precoce. À medida que o tumor cresce e se espalha, podem surgir os seguintes sintomas:
– Sangue na urina, que pode ser visível a olho nu ou detectado apenas em exames laboratoriais;
– Dor ou desconforto na região pélvica;
– Aumento da frequência urinária;
– Sensação de urgência para urinar;
– Dificuldade para urinar;
– Perda de peso inexplicada;
– Fadiga e fraqueza;
– Inchaço nas pernas.
Diagnóstico
O diagnóstico do adenocarcinoma de bexiga geralmente começa com uma avaliação dos sintomas e histórico médico do paciente. Em seguida, são realizados exames complementares para confirmar o diagnóstico e determinar o estágio da doença. Alguns dos exames mais comumente utilizados incluem:
– Exame de urina, para detectar a presença de sangue ou células cancerígenas;
– Cistoscopia, que permite visualizar o interior da bexiga e coletar amostras de tecido para biópsia;
– Tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para avaliar a extensão do tumor e se há metástases em outros órgãos;
– Biópsia, que consiste na retirada de uma amostra do tecido tumoral para análise em laboratório.
Tratamento
O tratamento do adenocarcinoma de bexiga depende do estágio da doença e das características individuais de cada paciente. As opções de tratamento podem incluir:
– Cirurgia, que pode envolver a remoção parcial ou total da bexiga, dependendo da extensão do tumor;
– Radioterapia, que utiliza radiação para destruir as células cancerígenas;
– Quimioterapia, que utiliza medicamentos para combater as células cancerígenas em todo o corpo;
– Imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a combater o câncer;
– Terapia-alvo, que utiliza medicamentos específicos para bloquear o crescimento e a disseminação das células cancerígenas.
Perspectivas e prevenção
As perspectivas de tratamento para o adenocarcinoma de bexiga variam de acordo com o estágio da doença e a resposta individual de cada paciente ao tratamento. Em estágios iniciais, quando o tumor está localizado apenas na bexiga, as chances de cura são maiores. No entanto, em estágios avançados, quando o câncer se espalhou para outros órgãos, as perspectivas podem ser mais desafiadoras.
Para prevenir o adenocarcinoma de bexiga, é importante adotar hábitos saudáveis e evitar fatores de risco conhecidos. Isso inclui parar de fumar, evitar a exposição a substâncias químicas tóxicas, manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente. Além disso, é fundamental realizar exames de rotina e estar atento aos sintomas, buscando atendimento médico assim que necessário.